António Tadeia

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F80

F80 (344): José Carlos

Chegou ao Sporting com 20 anos, vindo da CUF como internacional e referência na depois abolida posição de quarto defesa. E em 12 épocas de leão, José Carlos ganhou tudo e chegou a capitão de equipa.

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António Tadeia
set 22, 2022
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Houve uma altura na história do futebol em que se inventou o quarto defesa. As táticas evoluíam a puxar as equipas para trás e se, nos anos 20, com o WM, apareceu o defesa-central, em recuo do meio-campo e por isso ainda hoje chamado “center-half” pelos mais puristas dos ingleses, nos anos 50 a moda era a do quarto-defesa, uma espécie de médio defensivo adaptado à marcação do maior craque criativo do adversário. O tempo era dos mais clarividentes – e José Carlos era claramente dos mais clarividentes, além de ser rápido, decidido e forte na antecipação. Fez da nova função a sua arte e impôs-se no futebol português com a categoria dos eleitos e a disciplina dos profissionais. Duas épocas de arromba na CUF levaram-no à seleção e ao Sporting, onde entrou com 20 anos e onde passaria as doze temporadas que se seguiram, mais de metade como capitão de equipa. Magriço por mérito e alguma fortuna, José Carlos era, com Hilário, a maior referência leonina daquele tempo, tendo ficado para a história cada um dos faiscantes duelos que travava com Eusébio. “De vez em quando lá tinha de lhe dar umas cacetadas”, ria-se José Carlos em documentário feito há anos pela RTP a propósito da rivalidade.

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