F80 (341): Mozer
Tinha tudo o que fazia os grandes e por isso se tornou uma lenda no Flamengo, antes de ganhar no Benfica e no OM. Mozer era alto, forte, duro, malandro e técnico, um dos melhores centrais da história.
Lenda do Flamengo, referência do Benfica e exemplo no Olympique Marselha, Mozer viveu década e meia ao mais alto nível de exigência sem desiludir. Foi um defesa-central que impôs a sua lei nas décadas de 80 e 90, membro da super-equipa rubro-negra que ganhou a Taça Intercontinental de 1981, do Benfica que regressou à final da Taça dos Campeões em 1988 e do OM de Bernard Tapie que dominou o futebol francês no início dos anos 90. Só as lesões o impediram de ser mais regular na seleção brasileira, numa altura em que jogar no “escrete” era bem mais complicado do que é atualmente. Em Portugal, onde chegou em 1987, depois de uma disputa entre Benfica e FC Porto pela sua contratação, viveu dois períodos distintos: primeiro o esplendor, deixando os observadores perplexos com a capacidade que os nossos maiores clubes tinham por esses tempos de recrutar titulares da seleção brasileira; depois, no regresso de França, a maestria de um jogador que já conhecia de cor todos os segredos da profissão e fazia valer a experiência para se impor.