F80 (326): Argel
Cultivava a imagem do durão que batia em tudo, mas Argel era mais que o recetáculo da testosterona que faz qualquer zagueirão gaúcho. Não deu certo no FC Porto, mas ainda foi campeão no Benfica.
Foi uma das lanças que José Veiga e Luís Filipe Vieira meteram nas Antas, quando se uniram no Benfica em nome de uma espécie de vingança de ex-aliados contra Pinto da Costa. Argel era um defesa central aguerrido, forte na marcação, impulsivo e muitas vezes excessivo, como aconteceu na ocasião em que saiu em conflito do FC Porto, ao fim de um par de meses, no meio de relatos de uma porta partida e de um computador deitado ao chão. Ano e meio depois, voltou a Portugal, mas para assinar pelo Benfica, onde chegou a assumir a preponderância que se esperava de um antigo internacional brasileiro e campeão mundial de sub20, mas de onde saiu antes de terminar a época de regresso aos títulos. A ligação de Argel a Portugal, no entanto, manteve-se: a atribulada carreira de treinador, que já o viu entrar e sair de inúmeros clubes brasileiros, trouxe-o até ao FC Alverca, que lidera na Liga 3.