F80 (303): Pavão
Impôs-se como fino estratega no meio-campo do primeiro FC Porto de Pedroto e viria a falecer em campo, oito anos depois, já como capitão de equipa. Pavão marcou uma geração.
A morte de Pavão marcou uma geração. Caiu de bruços no relvado das Antas, ao minuto 13 do jogo da 13ª jornada do campeonato de 1973/74, depois de fazer um passe para Oliveira que os mais místicos viram como uma passagem de testemunho. Em circunstâncias nunca verdadeiramente esclarecidas, nem pelo relatório da Polícia Judiciária que se seguiu à tragédia, Pavão tombou com o emblema do seu FC Porto ao peito e ostentando a braçadeira de capitão, lançando a comoção nos presentes naquele jogo com o Vitória FC, que no entanto só se aperceberam da dimensão fatídica dos acontecimentos após o apito final do árbitro. Perdia-se um médio impulsivo e sobretudo intuitivo, um estratega que o FC Porto chegara a negar ao Manchester United. Ter-se-á ganho a consciência de que a medicina desportiva precisava de dar um gigantesco passo em frente. Fraco consolo para quem tanto sonhos teria.