F80 (277): Manniche
Foi exemplo paradigmático do início da exploração do filão nórdico pelo Benfica de Eriksson. A Manniche chamavam-lhe “tosco”, mas ele ria-se e respondia com golos.
O Mundo, em 1982, era muito diferente do que é hoje. Quando Sven-Goran Eriksson chegou ao Benfica, depois de ganhar a Taça UEFA com o IFK Gotemburgo, não teria mais do que uma pequena ideia do que viria encontrar. Quando percebeu que o salto de qualidade no futebol português podia ser dado com a contratação de jogadores mais físicos e objetivos, daqueles que havia às carradas no norte da Europa, abriu o filão. Primeiro veio Stromberg, por alturas do Ano Novo de 1983. Depois, em Agosto, do Hvidovre IF, chegou Michael Manniche, avançado de 1,92m que já era internacional dinamarquês e que tinha por missão jogar lá em cima, onde os portugueses não podiam chegar. “A minha maior qualidade? Sou mais alto do que a maioria. Acho que é mesmo a única... Não encontro outra”, declarou o reforço à chegada a Portugal, a demonstrar já um sentido de humor e a capacidade para estar sempre de bem com a vida que foi a sua imagem de marca nos quatro anos que por cá passou.
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