F80 (265): Nuno Gomes
O cabelo comprido e os golos valeram-lhe a alcunha, a cara de menino que manteve até à veterania passava a imagem de um avançado dócil. Era assim que Nuno Gomes os enganava.
Olhava-se para Nuno Gomes e parecia que se via um príncipe, o sonho de qualquer mãe. Associada aos cabelos longos, pelos ombros, a cara de menino que foi capaz de manter até a veterania o ter obrigado a deixar de jogar provocava em quem o via uma ideia de docilidade que depois não correspondia à verdade. O avançado que brilhou no Boavista, no Benfica e na Fiorentina, antes de se retirar no SC Braga e nos Blackburn Rovers, era fundamentalmente um jogador técnico e combinativo, sim, mas corria toda a frente de ataque e lutava por cada bola como os mais toscos e incapazes de entender o jogo. Só assim pôde superar os 150 golos na nossa I Divisão e, a dada altura, partilhar com Pauleta o facho da dura arte de golear na seleção nacional até aparecer um certo Cristiano Ronaldo.
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