F80 (231): Seninho
A guerra em Angola e a incompreensão de alguns treinadores atrasaram a afirmação de Seninho no futebol de mais alto nível, mas o extremo ainda foi a tempo de brilhar no FC Porto e no Cosmos.
Durante muitos anos foi a prova viva de que o futebolista português podia ter sucesso “lá fora”, que era como se chamava ao estrangeiro quando Portugal se abriu ao Mundo. Ele que nem tinha sido dos mais credenciados da sua geração – fustigado, é verdade, pelo serviço militar, que lhe atrasou a vida durante quatro anos – valeu-se como cartão de visita de uma noite mágica em Old Trafford, com dois golos ao Manchester United, para acabar ao lado de Beckenbauer, no Cosmos de Nova Iorque. Tudo porque um dia Abdul Zubaida, um empresário americano de origem árabe, meteu na cabeça que haveria de levá-lo para lá e fez finca-pé aos patrões da Warner. E Seninho nunca se deu mal nos Estados Unidos, acabando por ganhar por quatro vezes o SoccerBowl, a final do então renomado campeonato da América do Norte.
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