F80 (186): Zé Maria
O Zé da Música deixou nos relvados a imagem de durão que transportava dos barcos de pesca que sempre o acompanharam ao longo da vida. Mas foi a ele que lhe partiram duas vezes as pernas.
Zé Maria nunca foi homem de ter os pés assentes na terra: o mar chamava sempre por ele. Foi no mar que se fez homem e foi pelo mar que a sua carreira de futebolista demorou tanto a arrancar, pois as ausências permanentes na faina fizeram com que só aos 26 anos tenha chegado à I Divisão. Ao mar voltou depois de onze épocas como profissional, mostrando a polivalência que sempre tinha exibido nos relvados. Jogador de raça, daqueles que ainda hoje simboliza o que é ser varzinista, viu colarem-lhe a fama de caceteiro, mas sempre se gabou de nunca ter magoado ninguém. Foi a ele, aliás, que lhe partiram as pernas por duas vezes.