F80 (177): Tibi
Guarda-redes elástico, Tibi nasceu entre os bebés do Leixões e marcou uma era na baliza do FC Porto, na primeira metade da década de 70. Chegou à seleção, mas saiu das Antas nos anos dos títulos.
A frase ficou na memória de uma geração. O “Vai buscar Tibi!” ouvia-se em todas as peladas nas pracetas e nos baldios de Portugal em finais dos anos 70. A culpa era de Gomes Amaro, o brasileiro que relatava os jogos do FC Porto no Quadrante Norte, dos Emissores Reunidos, e de Tibi, o guarda-redes elástico que por aqueles tempos brilhava na baliza portista, depois de se ter destacado no Leixões. E no entanto aquela frase, somada ao “agora não adianta chorar”, com que Amaro fechava o relato de todos os golos na baliza portista, não fazia justiça a um homem que sempre foi um foco de atenção por ter sido um excelente guarda-redes, a ponto de ter chegado à seleção nacional. Tibi era um guarda-redes de engate, é verdade, por vezes inconstante, como se prova pela relação difícil que manteve com Pedroto, mas fez muito mais grandes defesas do que os golos que foi sofrendo na sua longa carreira.