F80 (135): Barbosa
Titular e capitão precoce, viu-se compelido a abdicar da influência no Boavista devido aos excessos revolucionários de 1974. Mas continua a ser quem mais vezes jogou pelo Boavista na I Divisão.
No xadrez da afirmação do Boavista na I Divisão, Barbosa foi mais do que um peão. Aquele que ainda hoje é o futebolista que mais vezes exibiu a camisola quadriculada na competição e que abandonou a carreira de jogador para, como treinador, conduzir a equipa a uma das mais memoráveis recuperações de que há memória – do 15º ao quinto lugar, em dez jornadas – fez de tudo no clube. Começou como defesa central, passou grande parte da carreira como médio, alinhou na lateral direita e envergou a braçadeira de capitão até dela abdicar na sequência dos excessos da revolução de 1974. Esse será, provavelmente, o seu grande arrependimento: por causa disso não pôde erguer nenhuma das três Taças de Portugal que o Boavista conquistou na segunda metade da década de 70.