F80 (129): Vítor Silva
Protagonista da primeira transferência paga do futebol português, do HC Lisboa para o Benfica, Vítor Silva foi um dos maiores veículos de propaganda das águias nos anos 30, a par do ciclista Nicolau.
Foi para o Benfica um dos maiores veículos de promoção da chama imensa, justificando todos os tostões dos 15 contos que o clube pagou para o ter, inaugurando a era das transferências pagas em Portugal. Nos anos 30, quem era do Benfica, devia-o principalmente ao ciclista José Maria Nicolau ou ao futebolista Vítor Silva, avançado-centro de recursos raros, como a intuição a que um dia Cândido de Oliveira chamou “prodigiosa” ou a elasticidade que o levou a vulgarizar o salto-de-peixe. Marcava golos como respirava: com naturalidade. Foi o que fez na seleção nacional, tanto nos Jogos Olímpicos de 1928, como no apuramento para o Mundial de 1934. E podia ter feito durante mais tempo, não tivesse sido forçado a abandonar a carreira tão cedo, por causa de varizes.