F80 (125): Alexandre Batista
Fez parte na saga dos Magriços, em 1966, onde se mostrou um defesa central de classe. Mas a vida de Alexandre Batista teve sempre outras prioridades, que levaram o futebol para segundo plano
Os que andam na casa dos 50/60 anos, que já não viram o Mundial de 1966 mas ouviram contar histórias, sabem bem quem é Alexandre Batista. Defesa central de classe pura, que jogava limpo e aproveitava a estatura para impor o seu futebol, esteve ao lado de José Carlos, Morais e Hilário no quarteto mais recuado que valeu ao Sporting o título de campeão nesse ano e ajudou a seleção nacional a chegar às meias-finais do Campeonato do Mundo. E no entanto, se se aprofunda a pesquisa, vê-se que a carreira deste barreirense que representou sempre o Sporting não chegou sequer à centena de partidas na I Divisão. Razão? As prioridades dele sempre foram outras. Como o curso de economia, que finalizou enquanto ainda jogava futebol e que lhe permitiu depois ter sucesso fora dos relvados. Porque, como hoje lembra, "vinha de uma terra [Barreiro] onde os jogadores passavam mal quando acabavam para o futebol".