António Tadeia

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Eminências pardas (7): Fabio Paratici
Eminências Pardas

Eminências pardas (7): Fabio Paratici

Foi por oito anos o braço direito de Giuseppe Marotta na Juventus. Emancipou-se no negócio Ronaldo e daí para a frente ninguém mais parou este italiano obcecado com informação que manda no Tottenham.

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mai 29, 2022
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Eminências pardas (7): Fabio Paratici
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Fabio Paratici tem pela frente a dura tarefa de satisfazer o sempre exigente Antonio Conte no Tottenham

O Tottenham já seguiu de férias, a pensar na próxima Liga dos Campeões, mas Fabio Paratici tem-se multiplicado em reuniões que parecem ter culminado esta semana com a garantia de continuidade de Antonio Conte como treinador na nova época. Esta é a parte do ano em que o diretor desportivo italiano tem mais trabalho. Ou não, porque o mito em torno do homem que os londrinos foram buscar à Juventus no ano passado é que está sempre a trabalhar. 24 horas por dia, sete dias por semana, 52 semanas por ano. Se não está ao telefone, nos campos de treinos a falar com os treinadores, em reuniões ou refeições de trabalho com agentes, está a ver jogadores de Ligas alternativas em busca de talento. “Não sei quando é que ele dorme”, dizia há tempos ao “Guardian” Javier Ribalta, o espanhol que esteve com Fabio Paratici na Juventus e que é atualmente diretor desportivo do Parma.

Paratici foi visto, durante anos, como uma espécie de braço direito de Giuseppe Marotta, o homem que apostou nele na Sampdoria, o levou para a Juventus e depois lhe deixou o lugar, no dia em que saiu para o Inter MIlão, em 2018. Mas o próprio diretor desportivo placentino se encarregou de cortar amarras e de se emancipar por essa altura. “Quem escolhia jogadores era eu. Eu ocupava-me da parte técnica, do scouting, do relacionamento com os agentes e os jogadores. Depois, levava os dossiers a Marotta e ele encarregava-se da parte económica, porque ele conseguia sempre ver muito bem até que ponto podíamos ir”, disse Paratici à Sky Itália no momento da separação. Um negócio terá escapado a este trilho rotineiro: a contratação de Cristiano Ronaldo, de que o então Chief Football Officer da Juventus tratou sozinho e levou diretamente a Andrea Agnelli, o presidente do clube, numa espécie de emancipação prematura. Para recompensar o modo como ele dirigiu este caso, foi Paratici e não o presidente ou Marotta quem partilhou com o CR7 o palco da conferência de imprensa de apresentação do craque pelo clube de Turim. Mas seria enganoso reduzir a influência que ele teve na última década da Juventus a um só negócio, ainda por cima a transferência mais cara de sempre de um clube italiano: foi também ele quem contratou Pogba a custo zero, quem apostou em Coman enquanto adolescente ou em Pirlo como veterano.

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