Eminências pardas (3): Luís Campos
Luís Campos soube desistir de ser treinador quando lhe chamaram "Campas". E resistiu sempre a ser diretor dos grandes, preferindo trabalhar as margens de lucro possíveis em clubes médios.
Se a ideia por trás de um diretor desportivo passa pela deteção e valorização de jogadores, ninguém no Mundo a corporiza tão bem como o português Luís Campos. Jogador amador e depois treinador de charme mas de fracos resultados, Campos chegou a desistir do futebol no ativo antes de ser recuperado por José Mourinho, que diz ser “como um irmão” para ele. E, depois de muitos negócios lucrativos por ele patrocinados no AS Mónaco dos russos ou no Lille OSC de Gérard Lopez, é agora graças a outro Mouriño, Carlos, o mexicano que é dono e presidente do Celta de Vigo, que volta à crista da onda num dos campeonatos mais mediáticos do Mundo.
Muitas vezes associado aos negócios de Jorge Mendes, o “Senhor Correntes de Ar”, como lhe chamam em França, por estar sempre em movimento, em mais uma missão de observação, transformou-se em tempos numa autêntica máquina registadora, de que no seu período de dirigente se aproveitaram, por exemplo. o AS Mónaco e o Lille OSC. À conta das suas recomendações, registaram mais de mil milhões de euros de lucro em transferências. A Luís Campos, 57 anos, observador de inegável talento, continua a faltar o teste supremo, que é dirigir um clube que já seja grande e onde o objetivo sejam os títulos e não as mais-valias. Mas cada vez mais parece que ele não está para aí virado. É que Campos parece ter desistido da ideia de ser diretor desportivo, preferindo agora abraçar a missão de consultor para transferências, que exerce simultaneamente, neste momento, nos turcos do Galatasaray e nos galegos do Celta.
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