António Tadeia

António Tadeia

Share this post

António Tadeia
António Tadeia
Eminências pardas (2): Giuseppe Marotta
Eminências Pardas

Eminências pardas (2): Giuseppe Marotta

Campeão na Juventus, que levantou depois do escândalo Calciopoli, repetiu a proeza no Inter, onde lhe falta continuar a ganhar depois de cortar o cordão umbilical com o treinador.

Avatar de António Tadeia
António Tadeia
abr 23, 2022
∙ Pago
10

Share this post

António Tadeia
António Tadeia
Eminências pardas (2): Giuseppe Marotta
Partilhar
Giuseppe Marotta é um executivo pago a peso de ouro pelo Inter da família Zhang.

Há diretores de mercado que escolhem estabelecer ligações privilegiadas com empresários. Não costuma ser boa ideia, sobretudo para os resultados das suas equipas, que sacam bons jogadores mas também têm de enfiar uns barretes de vez em quando. Há outros que se viram para baixo e suportam a progressão em cima de treinadores de confiança. Giuseppe Marotta, sete vezes seguidas campeão de Itália como CEO da Juventus, onde entrou na sequência do escândalo Calciopoli, parecia estar neste grupo. Já repetira apostas em Walter Novellino ou Luigi del Neri quando, no Inter Milão, contratou Antonio Conte. E com o treinador de Lecce voltou a ser campeão. Só que Marotta também não hesitou em cortar o cordão assim que, da China, vieram indicações no sentido de se apertar o cinto. A Suning fechou a torneira, Conte não quis permanecer para gerir o que sobrava no período das vacas magras e para Marotta sobrou a reconstrução. Fê-la com Simone Inzaghi – e não é que o Inter está em excelente posição para assegurar o bicampeonato?

Desde que chegou à Série A italiana, em 1998, ao fim de mais de 20 anos de carreira como diretor desportivo, Beppe Marotta trabalhou em quatro clubes e em três deles recorreu logo que pôde fazê-lo a um treinador que já lhe tinha dado alegrias noutros locais para compor um plantel de sucesso. É mais do que reconhecimento: trata-se de um padrão, o padrão que o levou a apostar as fichas todas em Antonio Conte assim que Luciano Spaletti se mostrou incapaz de levar o Inter ao scudetto que o clube não conhecia desde o reinado de um certo José Mourinho, em 2010. Ao tirar Conte, que lhe dera o primeiro título de campeão quando o foi contratar para treinar a Juventus, de um ano sabático, Marotta estava a repetir o que já fizera em Turim e em Génova. À chegada à Juventus, em 2010, levara com ele Del Neri – esse mesmo, o que passou brevemente pelo FC Porto –, que conduzira a sua Sampdoria a uma vaga na Liga dos Campeões. E quando pegara na equipa genovesa recorrera a Novellino, o técnico com quem festejara a primeira subida ao escalão principal, no Veneza FC.

Este artigo é um conteúdo apenas disponível para assinantes Premium. Avalie a hipótese de subscrever ou de mudar o seu plano de assinatura para continuar a ler este artigo, apoiar o jornalismo independente e passar a receber outros textos.

Este post é para subscritores pagos

Already a paid subscriber? Entrar
© 2025 António Tadeia
Privacidade ∙ Termos ∙ Aviso de cobrança
Comece a escreverObtenha o App
Substack é o lar da grande cultura

Partilhar