Duas épocas distintas
O Ferencvaros foi pentacampeão e avança alegremente para o recorde do Ujpest, que são sete títulos seguidos. Mas o foco é a entrada na Champions e ali já se dividem as épocas em Janeiro.
Já todos ouvimos treinadores pouco interessados em falar a limitarem-se a dizer que um certo jogo teve “duas partes distintas”, sem depois se alongarem muito na análise. Pois muito bem: foi exatamente assim o ano em que o Ferencvaros igualou o seu máximo de cinco campeonatos húngaros seguidos, mantendo-se em linha para emular o recorde nacional, que são os sete conquistados pelos rivais do Ujpest entre 1969 e 1975. A equipa do russo Stanislav Cherchesov arrancou imparável na Liga, construiu um avanço confortável para o segundo, ganhou mesmo o seu grupo na Liga Europa, à frente do AS Mónaco, do Estrela Vermelha e do Trabzonspor, mas sofreu na Primavera, na altura em que sete jogos seguidos sem ganhar não só implicaram o seu afastamento europeu pelo Leverkusen como a redução significativa da vantagem na frente interna. “Quase tivemos de construir uma equipa nova”, explicou o treinador horas depois de ter celebrado mais um campeonato, ainda com quatro jogos por realizar. E aquilo que parecia ter sido uma desatenção ou a incapacidade de lidar com a reabertura do mercado em Janeiro, no qual o Ferencvaros perdeu, por exemplo, o médio tunisino Laïdouni, afinal de contas pode até ter sido propositado. “Os reforços levam meio ano a integrar-se e escorregámos algumas vezes por causa disso. Mas já formámos a base e vamos ter a equipa pronta para atacar a Liga dos Campeões”, enfatizou Gábor Kubatov, que é dono do clube e ao mesmo tempo o braço direito do primeiro ministro Viktor Orbán no ultra-nacionalista Fidesz, o partido que manda no país.
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