António Tadeia

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Análises

Da próxima com bola, sff

O FC Porto-Benfica foi um exercício estratégico subordinado ao tema: como não deixar jogar o adversário. Por isso mesmo acabou no 0-0 e com um novo recorde negativo de remates na Liga.

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António Tadeia
out 06, 2025
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As defesas, aqui protagonizadas por António Silva, foram superiores aos ataques (na foto Samu) no clássico do Dragão (Foto: Facebook Liga Portugal)

Palavras: 2347. Tempo de leitura: 14 minutos (Texto sem áudio no Telegram). Quadros táticos: 6.

O relógio já tinha entrado no minuto 33 quando o FC Porto-Benfica de ontem nos ofereceu uma primeira tentativa de fazer aquilo com que se ganham jogos – golos. Foi nessa altura que, aproveitando um livre em posição frontal, ainda que razoavelmente longe da baliza, Sudakov fez o primeiro remate da partida, detido por Diogo Costa. Não creio que alguma vez tenha assistido a uma coisa assim em décadas de futebol, mais de meia-hora de um jogo sem balizas em que, como no final disse José Mourinho, entre ter lá Trubin ou estar lá ele “era a mesma coisa”. FC Porto e Benfica assumiram desde o início aquilo que são: duas equipas muito mais fortes a não deixar jogar os adversários do que a criar jogo, sobretudo se tiverem de o fazer sem ser em transição ofensiva, com espaço para correr. Por isso mesmo, no final, toda a gente ficou feliz com o 0-0, saído de um jogo que fixou um novo mínimo de remates na Liga (12) e igualou o já existente de tiros enquadrados entre os postes, os três do Santa Clara-Estrela da Amadora. Foram dois do FC Porto, ambos de Gabri Veiga, e um do Benfica, esse de Sudakov. Entendem-se o contexto classificativo e mesmo o brilhantismo estratégico com que as duas equipas souberam anular-se, mas a dois dos mais sérios candidatos ao título pede-se mais. Mais futebol, sobretudo. Por isso mesmo, fica um pedido para a próxima vez que os dois se encontrarem: era para usarem a bola, se fizessem favor.

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