António Tadeia

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Como se diz suicídio em espanhol
Análises

Como se diz suicídio em espanhol

Erros individuais, com foco em Adán, levaram o Sporting a perder por 4-1 com o OM, depois de se ter colocado em vantagem. Mas há mais nesta equipa de Tudor do que parece à primeira vista.

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out 05, 2022
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Trincão ainda colocou o Sporting em vantagem antes do descalabro (Foto: Twitter Sporting Clube de Portugal)

Era difícil imaginar uma tarde mais desastrosa do que a de ontem para Adán, o guarda-redes espanhol do Sporting, que com três erros graves em apenas dez minutos deitou por terra o prometedor início de jogo que os leões tinham conseguido em Marselha. Trincão marcara o 1-0 para a equipa portuguesa logo a abrir, mostrando na perfeição o plano de jogo de Rúben Amorim, mas num ápice o Sporting se viu a perder e a jogar com um a menos, na sequência de duas más entregas de bola e de uma saída extemporânea do guarda-redes, que se fez expulsar por jogar com a mão fora da área, aos 23’. “Faz parte do futebol e há que assumir os erros como parte do jogo, assumir a responsabilidade que cada um tem dentro do campo”, disse no final Adán, que não se escondeu e foi à flash-interview. Mas nem ele foi o único a contribuir para a derrota concludente, por 4-1, na terceira jornada da Liga dos Campeões, nem era líquido que o plano original chegasse para vencer um OM que pareceu bem mais forte no plano de ataque do que os zero golos marcados nos primeiros dois jogos fariam prever.

A história do jogo, porém, é a história dos erros que permitiram aos franceses virar a partida, depois do golo madrugador de Trincão. Aos 13’, tendo recebido a bola de um dos centrais, Adán demorou uma fração de segundo a mais a batê-la, permitindo que Alexis Sánchez chegasse mais perto que o recomendável na sua ação de pressão e que dessa forma desse o corpo ao passe. Este foi contra o chileno e dirigiu-se para as redes. Como se isso não bastasse, aos 16’, Adán voltou a passar mal a bola, entregando-a rasteira e redondinha a Guendouzi, na zona central do campo. O médio abriu na direita em Clauss, que cruzou para o cabeceamento de Harit, feito à vontade, porque St. Juste ainda não mudara a chip mental de posicionamento ofensivo para posicionamento defensivo. Do remate do marroquino saiu o 2-1. E o pesadelo de Adán não acabara. Mais sete minutos e o espanhol saiu a uma bola longa que os franceses bateram na direção do duelo entre Nuno Tavares e Esgaio – o lateral leonino acabou por cabecear, mas para trás, apanhando o guardião em contra-pé. Por instinto, esquecendo que estava fora da área, Adán meteu a mão à bola, que podia seguir para Nuno Tavares atacar a baliza vazia. Foi livre direto e expulsão, que levou à necessidade de Rúben Amorim abdicar do plano inicial, trocando Edwards, o ponto de apoio giratório do ataque leonino, para fazer entrar o guarda-redes suplente, Israel.

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