Cada tiro, cada melro
Os oito golos do Vitória SC-Sporting deram um espetáculo emocionante e entretido, mas foram o reflexo de erros defensivos e da incapacidade mostrada por duas equipas longe do seu melhor.
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Dez remates enquadrados resultaram em oito golos num Vitória SC-Sporting que acabou com um empate a quatro bolas e que as duas equipas acharão a esta hora que podiam e deviam ter ganho mas do qual, na verdade, não mostraram capacidade para sair com os três pontos. O Sporting chegou aos 3-1, já na segunda parte, fruto de um hat-trick de Gyökeres, o melhor em campo, mas tal como na semana passada, contra o Benfica, abdicou de jogar a partir da hora de jogo, perdendo o controlo da bola e do desafio e permitindo, em 15 minutos, uma virada que podia ter sido épica para os minhotos. O Vitória SC inspirou-se na entrada de Telmo Arcanjo para dar criação ao que já na altura era um maior volume de jogo: o extremo fez duas assistências, mas acabou por ver o seu contributo traído já na compensação por um golaço de Trincão, a carimbar um jogo catastrófico para os dois guarda-redes na defesa das suas balizas. Varela e Israel acabaram com uma defesa cada um, mas registaram recordes negativos desta Liga na relação entre os golos que deviam ter sofrido e os que efetivamente sofreram: Bruno Varela acabou com um saldo negativo de 1,93 e Franco Israel com uns trágicos 2,41 negativos.