António Tadeia

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A noite dos guarda-redes
Análises

A noite dos guarda-redes

O Benfica-Paris Saint Germain acabou empatado com justiça, mas ambas as equipas tiveram ocasiões para ganhar. Nenhuma conseguiu fazê-lo porque esta foi a noite de Vlachodimos e Donnarumma. Imperiais.

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out 08, 2022
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A noite dos guarda-redes
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Roger Schmidt felicita Vlachodimos no final da partida com o PSG: o grego foi o melhor em campo (Foto: Facebook Sport Lisboa e Benfica)

Acabou em armistício, num 1-1 que prevê o adiamento das hostilidades por mais seis dias, o primeiro duelo entre Benfica e Paris Saint-Germain, as equipas que, após a vitória das águias em Turim, assumiram o favoritismo à qualificação no Grupo H da Liga dos Campeões. Mas se terminou em 1-1, também podia ter fechado em 7-6, desde que contássemos as defesas que cada um dos guarda-redes fez na partida. Podem achar normal – mas não é. Vlachodimos só tinha sido chamado a defender três vezes na soma dos primeiros dois jogos e, ante Messi, Mbappé e Neymar, fez sete paradas. Foi o melhor em campo, deixando a curtíssima distância Donnarumma, o guardião italiano do Paris Saint-Germain que, já perto do fim, na sua sexta defesa da noite, negou a Rafa a derradeira possibilidade de dar os três pontos ao Benfica e surpreender os observadores neutrais.

O Benfica-PSG não foi um jogo em que os setores defensivos estivessem desastrados, vindo por isso a sobrecarregar os guarda-redes. Não. O que se passou foi que as duas equipas foram sempre sendo capazes de encontrar maneiras de sobrepor as suas armas atacantes às contra-medidas do adversário. O Benfica fê-lo muito mais à conta de uma pressão alta que poucos admitiriam como provável, mantendo os quatro da frente nos três centrais parisienses e em Verratti, que muitas vezes baixava para os auxiliar em início de organização – Donnarumma, nisso de jogar com os pés, fica quase sempre fora da equação. Foi graças a recuperações feitas no meio-campo adversário e às consequentes contra-transições que a equipa de Schmidt manteve em respeito o PSG, mais na primeira parte, até ao momento em que os franceses perceberam melhor o que tinham pela frente – e falta descobrir o que é que neste arranque tardio do PSG foi falta de estudo, o que foi sobranceria e o que foi falta de crença num Benfica próximo da sua identidade habitual. Quando o PSG viu que o espaço estava por fora e que tanto Neres como João Mário fechavam muito por dentro, para tentarem impedir a entrada da bola em boas condições nos três atacantes estelares, passou a levar mais o jogo para o meio-campo português, forçando os encarnados a solicitar mais o jogo direto para a velocidade de Rafa.

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