A guerra pelo trono
O campeonato já voltou ontem, mas a Entrelinhas desta semana é internacional e abre com as quatro frentes de batalha pelo poder no futebol inglês a culminar com a que opõe o City a toda a gente.
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É próprio das guerras, terem várias frentes de batalha. Nem os factos de Lee Carsley, o novo (e interino) selecionador inglês se ter escusado a cantar o God Save The King antes do desafio que a equipa fez em Dublin ou de os golos da vitória, marcados por Rice e Grealish, que até já tinham representado a Irlanda, terem sido sentidos pelos locais como punhais no coração chegaram aos adeptos ingleses para tirarem os olhos das frentes internas. Há a frente de Londres, com ramificações norte-americanas, pois foi dos Estados Unidos que chegaram os dois amigos desavindos que lutam com ferocidade pelo controlo do Chelsea. Há a frente nordeste, que tem um treinador e um diretor desportivo à cabeçada por causa do poder no Newcastle United. O capital do clube, do qual já saiu a cidadã inglesa que facilitara o negócio, está por isso cada vez mais nas mãos do reino saudita – e foi precisamente de Riade que veio o míssil de longa distância com o qual Cristiano Ronaldo voltou a tentar atingir Erik Ten Hag, o treinador neerlandês que o mandou para o exílio longínquo, na sua capacidade para liderar o poderoso United. E é em Manchester também que se joga a batalha mais importante, a que coloca o City contra todos. “Todos os clubes da Premier Leaque querem ver o City castigado”, reconheceu Pep Guardiola. Se se sente tão perdido como naqueles episódios mais ricos da Guerra dos Tronos, onde a espadeirada vem de onde menos se espera, não se preocupe, que a Entrelinhas desta semana vai explicar tudo, antes de se debruçar sobre as contas de Benfica e Sporting, a recusa de Roberto Martínez renovar a seleção nacional e o regresso do futebol de clubes.